Blog Centro Universitário - Moura Lacerda



Formandos da Faculdades de Ciências Econômicas – 1937

Confira nessa galeria alguns dos nossos formandos de 1937.

A instalação da Escola de Comércio: a produção de saberes profissionais

Imagens da urbanização, de serviços ao lado de notícias sobre as grandes transações comerciais que a cidade propiciava, atraíram dois jovens  procedentes da cidade de Rio Claro-SP, que chegaram a Ribeirão Preto em 1923, com intenções de instalarem uma Escola de Comércio, área em que já possuíam experiências anteriores.

Ambos criaram a Escola de Comércio“Rui Barbosa filiada ao Instituto Comercial do Rio de Janeiro. Instalada num antigo prédio na Rua Amador Bueno, esquina com a Rua Lafayete, no centro da cidade, a escola enfrentou desde o início grandes dificuldades tais, como, a falta constante de recursos financeiros, a desconfiança dos moradores locais em relação à direção da escola, a resistência dos antigos profissionais práticos que temiam a concorrência dos diplomados, além de uma campanha desabonadora, ora implícita, ora explícita, que pairava sobre o estabelecimento, prejudicando o êxito escolar, em seus primeiros tempos. Diante dessas estigmas, a escola atraía poucos alunos, vivenciando um constante desequilíbrio entre as receitas e as despesas que, baixos salários atraso nos pagamentos dos compromissos. (Diário da Manhã, 17/09/31, p. 03). Assim, o cotidiano escolar constituía-se num constante desafio. A despeito dessas dificuldades, em1924 a primeira turma recebeu o seu diploma, em sessão solene paraninfada pelo Dr. João Rodrigues Guião, então Prefeito Municipal. Era a primeira vez que se conferia, na cidade, o diploma de guarda-livros, qualificando profissionais para o comércio local. Entre os formandos estava Oscar de Moura Lacerda que, enquanto estudante, também era docente na própria escola onde tempos depois adquiriu o estabelecimentos de ensino alterado a sua denominação para Instituto Commercial de Ribeirão Preto.

A escola mantinha um curso de Admissão ao primeiro ano do Curso Propedêutico,em que. Oaluno, após ter realizado o curso primário, recebia os ensinamentos necessários para os exames de ingresso ao Curso Comercial. O Curso Propedêutico era, portanto, equivalente ao Curso Ginasial, com  três anos de duração e  permitia  que  o aluno adquirisse os conhecimentos  necessários  para  a  sua  matrícula no  primeiro ano do Curso Técnico de Perito-Contador, também com três anos de duração.

O diploma conferia o exercício de uma profissão liberal, em ascensão  nos setores urbanos.

Em1932, aEscola Técnica de Comércio se transformou em Faculdade de Sciências Econômicas, desempenhando um papel relevante, no cenário local regional e estadual .

O velho prédio de aluguel se transformou num edifício amplo e majestoso, situado no coração da cidade, inicialmente na rua Barão do Amazonas e, mais tarde, na rua Duque de Caxias, em frente à Praça 15 de Novembro.


Quadro de formatura em 1924, expõe presença dominante do gênero masculino entre o corpo docente e discente.

Bibliografia

GAETA, M.A.J.V.; ZILLI, N.M. Construindo tradições: a faculdade de ciências econômicas da instituição moura lacerda (1923-1950). Ribeirão Preto: Primeiros Passos, v. 7, n. 14, 2008.

História do Brasão da Instituição Universitária Moura Lacerda

 

Com origem na Idade Média os brasões foram criados, a princípio, com o objetivo de identificar as pessoas. Para as famílias, os símbolos representavam valor, honra, glória e nobreza. A história do Centro Universitário Moura Lacerda mistura-se à de um clã que em toda a sua trajetória até os dias atuais é acompanhado de muitas conquistas.

Confira o significado de cada item do brasão da Instituição, que há 90 anos mantém sua tradição de reconhecimento e vitórias:

Os Lacerdas foram vinculados às casas reais de Castella e França e são descendentes do filho de D. Affonso, o Sábio: D. Fernando de Lacerda. Ele era casado com D. França, filha de S. Luiz, rei da França. Também fazem parte do clã o rei Fuela I de Leão que mais tarde se juntou aos Castella, formando a casa de Castella e Leão. Na batalha com os mouros (populações que habitavam a região noroeste da África que se juntou aos árabes na conquista da península Ibérica durante o século VIII), saíram vitoriosos e estenderam seus territórios, tornando a casa representada por um castelo de prata um dos símbolos do brasão.
Também fazia parte do parentesco D Fernando VI, rei de Galliza, Leão e Castella, Leão e Castella fundados da Ordem de Alcântar, vencedor, por diversas vezes, dos Mouros.
A família registrava-se como Galvão e escolheu como heráldica um campo de prata, um gavião de negro, estendido, bicado e armado de azul, carregado de um crescente de ouro no peito.
Devido a uma aliança com os Costas, partiram o escudo em pala, fazendo uma divisão de Galvão, a outra de Costa, acrescentando ao gavião, uma costa no bico. Outros usam em campo de vermelho, uma banda de parta, carregada de um gavião de negro e coroado de ouro.
Outros elementos representados são: Moura em campo vermelho, sete castelos de prata, abertos de negro, postos em três palas, sendo três no centro e duas em cada lado e o timbre de um castelo de escudo. Os castelos, nos brasões portugueses e espanhóis, representam em muitos casos a aliança com a casa real de Castella, a concessão dada por ela ou em outros casos, alusões às armas de defesa ou conquista de novos território como a tomada da cidade de Moura.
Lacerda ou La Cerda (antigo) – Escudo partido em pala: na 1ª de vermelho com um castelo de ouro; cortado em prata com um leão de vermelho, armado de ouro; na 2ª de azul, semeado de flores-de-lis de ouro. Timbre: o leão do escudo. O escudo moderno, é esquartelado: no 1º e 4º, partindo em pala, sendo a 1ª de Castella e a 2ª de Leão; no 2º e 3º, em campo de azul, três flores-de-lis de ouro postas em roqueta, que as são armas de França. Outros esquartelam o escudo e nos 1º e 4º quarteís, contra-esquartelam Castella e Leão.